Campanha da Fraternidade, Liturgia e o Ministério de Música

 


Campanha da Fraternidade, Liturgia e o Ministério de Música
Formação do Músico Católico - Liturgia
Autor: Rogério Hirota 17-04-2021


Se tem algo que sempre me intrigou, desde que comecei a tocar na Igreja e estudar a liturgia era a correlação entre a Campanha da Fraternidade e a Semana Santa. Minha grande dúvida era porque tínhamos que meditar temas pré definidos (mesmos que estes sejam clamores sociais atuais) e que acabava por muitas vezes, tirando o foco do católico para um dos eventos mais importantes da Igreja (Quaresma e Advento).




O foco que todo católico deveria ter neste tempo é justamente aproveitar para se meditar os passos de Jesus, da sua paixão à ressurreição, é um tempo de conversão, de arrependimento, de jejum, de silêncio, tempo de interiorização onde o fiel se volta ao Senhor que se dá na cruz para a Salvação de todos.


Ao inserirmos temas como por exemplo bioma, políticas públicas, água, índio, tiramos totalmente do contexto o sentido da quaresma e quando obrigam os ministérios a tocar músicas da campanha, em vários momentos da Missa, se intensifica ainda mais essa distorção.


De fato, hoje só é possível compreender o porquê da Campanha da Fraternidade existir unicamente no Brasil e não estar em harmonia com o ensinamento a doutrina e a Liturgia, senão pelo fato da influência da Teologia da Libertação que está enraizada e ramificada em toda as partes da Igreja do nosso país.


Nós como músicos católicos, devemos obedecer nossos superiores que são os padres e o bispo, mas não devemos nos omitir para não sermos também instrumentos do erro e ao invés de levarmos a assembléia a viver a Missa e entronizá-los à litúrgia, estaremos fazendo o contrário, desviando o foco.





Por isso é importante estudar sobre este assunto e debater com nossos párocos e bispos o quanto devemos adentrar neste campo da Campanha da Fraternidade, para que assim aos poucos possamos reduzir o excesso da importância que é dada a ela e valorizar o que está sendo esquecido, que é o sentido da Quaresma.


Mas graças a Deus aos poucos vemos que as coisas tem mudado, na minha paróquia mesmo, quando comecei a tocar na Missa no início do ano 2000 a ordem era tocar o máximo de músicas possível referente à Campanha do ano, hoje em dia só tocamos o Hino da Campanha no final da Missa e isso ainda é opcional.


Vamos rezar para que a Igreja no Brasil possa ter uma renovação e se extirpe as raízes da Teologia da Libertação. Cabe a nós músicos católicos estarmos formados e assim preparados para dialogar quando for necessário, porque somos a ponta de lança que abre os corações e os prepara para Jesus Eucarístico levando as pessoas aos mistério da fé na liturgia.


Comentários

  1. Gostei muito do texto base deste ano...a Campanha da Fraternidade sempre fez parte da minha vida de cristã e jamais tirei o foco da Busca em Deus ... da minha conversão...e ter um olhar voltado para os irmãos que comigo vão caminhar...se tiver algum erro dentro do contexto da campanha 2022 que pra mim é importante POR SER SOBRE A EDUCAÇÃO...FALAR COM SABEDORIA ENSINA COM AMOR ...DEVEMOS COMO BONS CRISTÃO DENUNCIAR...MAS SE NAO DEVEMOS ABRIR NOSSOBE JUNTO COM JESUS CAMINHAR ...SEMPRE LI SUAS POSTAGENS SOBRE A CAMPANHAS PASSADAS E SEMPRE VOCE SOUBE FAZER ESTE ELO . .

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